Todo mundo tem um prédio no bairro que é o mais tosco, aquele prédio que as pessoas passam em frente e logo pensam: “ihhh só deve ter apartamento feio ali dentro” ou “essa é a parte feia da rua”. Pior quando é você que mora no prédio feinho e desde a portaria já tem que ir dando desculpas para as visitas: “Não reparem nessa portaria gente! Vamos ter obras em breve e vai ficar bem mais bonitinho…”. Difícil mesmo é acreditar na própria mentira. kkkkk 
Na real, a modernização das fachadas e a decoração das áreas de uso comum são abordadas, na maioria dos prédios, como um assunto quase irrelevante. Essa maneira de pensar pode acabar se caracterizando como um erro quando começa a afetar a maneira como o prédio é visto e até acarretar na desvalorização dos apartamentos. 
Por isso, acho legal abordar nessa semana questões estéticas que afetam o bem-estar (e porque não a auto-estima) dos moradores, no bom humor e na vida, já que o ambiente que em vivemos nos afeta, concorda? 
Em geral, o hall de entrada dos condomínios não é um local em que as pessoas ficam e essa é até uma regra da maioria dos condomínios. Apesar disso, é no hall onde a primeira impressão do condomínio é construída na cabeça dos visitantes. Para a arquiteta Ana Maria Wey, presidente da Associação Arquibrasil, “em hipótese alguma o hall pode ter uma imagem de desleixo ou má conservação, pois é a partir dele que temos a impressão de que o edifício foi bem construído e que suas instalações estão em perfeitas condições”, ou seja, um hall mal cuidado pode fazer as pessoas acharem que o edifício tem problemas estruturais, mesmo não tendo. 
Antes de sair decidindo em assembleia que é um luxo colocar um tapete de zebrinha no hall, é importante definir o perfil do prédio e dos seus moradores. Por exemplo, se seu prédio tem crianças, o ideal é usar pisos cerâmicos e outros materiais duráveis e fáceis de limpar. O ideal também é que o hall tenha poucos móveis (já que ele não é uma sala) e os mesmos sejam protegidos por tecidos impermeáveis, dessa forma não haverá o risco de estragar com facilidade. Uma boa dica é não usar objetos pequenos na decoração, já que eles podem “sumir” facilmente, e muito menos usar objetos delicados, que adoram aparecer misteriosamente quebrados. 
Os tapetes são interessantes, mas não são aconselháveis para áreas de muita circulação e nem se no prédio houver idosos, já que o tapete em contato com o piso liso pode causar acidentes. 
Vale lembrar que toda a decoração das áreas comuns envolve custos adicionais a todos os condôminos e esses custos devem ser aprovados em assembleia, já que se enquadram na benfeitoria do imóvel. Pensando nisso, é mais indicado contratar um profissional para planejar toda a decoração (após ouvir as principais vontades dos moradores) e assim reduzir custos e evitar possíveis desperdícios, além de criar um ambiente harmonioso de acordo com a renda disponível. 
Se o seu prédio tem piscina, escolha móveis com alta durabilidade e que não necessitem de manutenção, as espreguiçadeiras de fibra sintética com alumínio estão sendo bastante usadas hoje em dia. Caso a opção seja móveis de madeira, é altamente recomendada a aplicação de um verniz apropriado para proteger a mobília contra água. Caso decidam colocar arranjos na piscina, optem sempre por flores naturais ou secas, as artificiais, apesar de práticas, perdem a cor e ficam cheias de poeira quando expostas ao clima. 
É legal que a partir do momento que seja investido em uma boa estrutura para o condomínio, se estude também a possibilidade de contratar uma equipe profissional para fazer a limpeza do prédio, dessa forma, não haverá risco de perder algum objeto por causa do mau uso.
Agora que o básico já foi dito, que tal mudar um pouco? Afinal o prédio é uma extensão do nosso apartamento queremos nos sentir em casa nele também, né? 
Segue um videozinho inspirador de uma transformação de portaria que a Bel Lobo fez no programa Decora. Um luxo!
E aí no seu prédio? Conta pra mim se você aprova ou reprova a sua portaria no desafio da beleza? Eu acho até que já sei a resposta… Mas não custa perguntar né? Vai que…

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